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Produções científicas do programa de pós-graduaçâo em ensino de
ciências e educação matemática da Universidade Estadual da
Paraíba, Brasil: investigações sobre a inclusão de estudantes com
deficiência visual nas aulas de química.
Producciones científicas del programa de posgrado en enseñanza de
ciencias y educación matemática de la Universidad Estatal de Paraíba,
Brasil: investigación sobre la inclusión de estudiantes con discapacidad
visual en las clases de química.
Por Eduardo GOMES ONOFRE
1
, Hugo Benicio ARAÚJO
2
, Vanessa DA CRUZ
ALEXANDRINO
3
Gomes Onofre, E., Araújo, H. B. y Da Cruz Alexandrino, V. (2022). Produções científicas do programa de pós-graduaçâo em
ensino de ciências e educação matemática da Universidade Estadual da Paraíba, Brasil: investigações sobre a inclusão de
estudantes com deficiência visual nas aulas de química. Revista RAES, XIV(25), pp. 108-119.
Resumo
A presente pesquisa tem como objetivo principal discutir produções científicas do Programa de Pós-Graduação
em Ensino de Ciências e Educação Matemática da Universidade Estadual da Paraíba, Brasil, que abordam a
inclusão de estudantes com deficiência visual nas aulas de química. Como critério de inclusão, selecionamos as
investigações produzidas por pesquisadores do mencionado programa de pós-graduação que participam do
Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Especial na Perspectiva Inclusiva. Encontramos cinco dissertações
sobre o referido tema. Os resultados apontaram que o uso de materiais adaptados para mediar o processo de
ensino-aprendizagem dos conteúdos da disciplina de química e uma formação, inicial e continuada, de
professores que aborde a inclusão escolar são caminhos importantes para promover a inclusão dos estudantes
com deficiência visual nas instituições de ensino regular. Assim, a formação inicial dos cursos de licenciatura em
química precisa ter em seu Projeto Político Pedagógico disciplinas que discutam uma prática pedagógica inclusiva.
Concluímos que por meio de uma formação, inicial e continuada, podemos tornar o ensino de química para
estudantes com deficiência visual cada vez mais prático e acessível.
Palavras-chaves Produções científicas/ Universidade/ Inclusão/ Deficiência Visual/ Ensino de Química.
1
Universidad Estadual de Paraíba, Brasil / eduonofre@gmail.com
2
Universidad Estadual de Paraíba, Brasil / hugo.araujo@aluno.uepb.edu.br
3
Centro Universitario de João Pessoa - UNIPÊ, Brasil / vanessacruz.psic@gmail.com
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Resumen
La presente investigación tiene como objetivo principal discutir producciones científicas del programa de
posgrado en enseñanza de ciencia y educación matemática de la Universidad Estadual de Paraíba, Brasil, que
aborda la inclusión de estudiantes con discapacidad visual en las clases de química. Como criterio de inclusión,
seleccionamos las investigaciones producidas por investigadores del mencionado programa de posgrado que
participan del grupo de estudios e investigaciones en educación especial en la perspectiva inclusiva. Encontramos
cinco disertaciones acerca del referido tema. Los resultados apuntaron que el uso de materiales adaptados para
mediar el proceso de enseñanza-aprendizaje de los contenidos de la disciplina de química y una formación, inicial
y continuada, de profesores que aborde la inclusión escolar son caminos importantes para promover la inclusión
de los estudiantes con discapacidad visual en las instituciones de enseñanza regular. Así, la formación inicial de
los cursos de licenciatura en química necesita tener en su Proyecto Político Pedagógico disciplinas que discutan
una práctica pedagógica inclusiva. Concluimos que por medio de una formación, inicial y continuada, podemos
hacer con que la enseñanza de química para los estudiantes con discapacidad visual sea cada vez más práctica y
accesible.
Palabras Clave Producciones científicas/ universidad/ inclusión/ discapacidad visual/ enseñanza de química.
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Introdução
No Brasil, contamos com importantes leis, decretos, resoluções que asseguram uma vida de igualdade entre todas
as pessoas, independente de questões sociais, culturais, étnico-racial e ter ou o uma deficiência. Assim,
sublinhamos a que define:
No artigo 205, a educação como um direito de todos, garantindo o pleno desenvolvimento da pessoa, o
exercício da cidadania e a qualificação para o trabalho. No seu artigo 206, inciso I, estabelece a igualdade
de condições de acesso e permanência na escola, como um dos princípios para o ensino e, garante,
como dever do Estado, a oferta do atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede
regular de ensino (art. 208) (Brasil, 2008, p.7).
No Brasil, contamos com importantes leis, decretos, resoluções que asseguram uma vida de igualdade entre todas
as pessoas, independente de questões sociais, culturais, étnico-racial e ter ou o uma deficiência. Assim,
sublinhamos trechos referentes à educação enfatizados na Constituição Federal do Brasil (1988):
No artigo 205, a educação como um direito de todos, garantindo o pleno desenvolvimento da pessoa, o
exercício da cidadania e a qualificação para o trabalho. No seu artigo 206, inciso I, estabelece a igualdade
de condições de acesso e permanência na escola, como um dos princípios para o ensino e, garante,
como dever do Estado, a oferta do atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede
regular de ensino (art. 208) (p.7).
Entretanto, salientamos que apesar da existência de legislações no Brasil que garantem o acesso e a permanência
de estudantes com deficiência no ensino regular, o processo de inclusão de tais pessoas ainda enfrenta diversos
obstáculos, a exemplo de uma ausência na formação de professores que discuti as necessidades educacionais
especiais dos estudantes com deficiência visual, foco do presente estudo.
Quando percebemos a realidade dos estudantes com deficiência visual que estão inseridos na educação regular
brasileira, compreendemos que os direitos adquiridos não são postos em prática com efetividade. Os governantes
no Brasil, nas três esferas (federal, estadual e municipal), garantem o acesso e a permanência dos estudantes com
deficiência nas escolas regulares, mas não oferecem uma formação adequada que habilite os educadores a
trabalharem com os referidos estudantes. Como consequência desta ausência na formação profissional, diversos
educadores não compreendem as habilidades, das pessoas com deficiência visual, que podem ser desenvolvidas
por meio de um pratica pedagógica inclusiva.
Levando em consideração os dados, referentes à deficiência visual no Brasil, divulgados pelo Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010, 18,6% da população brasileira tem algum tipo de deficiência visual.
Assim, fica evidente que o Brasil, tendo um número significativo de pessoas com deficiência visual, precisa ter
uma política educacional eficiente para assegurar uma educação de qualidade para tais pessoas.
Referindo-se ao ensino de química para os estudantes com deficiência visual torna-se uma tarefa ainda mais
desafiadora para o campo da educação especial na perspectiva inclusiva. Salientamos que a química é uma ciência
abstrata que necessita da utilização de uma fonte de comparação ou um protótipo da realidade para a explicação
de seus conceitos. Neste sentido, precisamos ainda mais de formas, fontes e modelos adaptados às necessidades
educacionais especiais dos estudantes com deficiência para tornar o ensino de química acessível.
Nessa linha de pensamento, Pires (2010) retrata que há necessidade de elaboração de recursos didáticos, como
adaptações de materiais pedagógicos (descrições e adaptações em alto-relevo, por exemplo) para que os alunos
com deficiência visual tenham acesso às mesmas informações transmitidas aos estudantes videntes.
Ao longo do nosso percurso acadêmico, observamos estudantes de graduação, das mais diversas áreas de ensino,
demonstrando interesse em investigar práticas inclusivas que mediam o processo de inclusão escolar de pessoas
com deficiência. Esse interesse deve-se ao crescente mero de matrículas, no Brasil, de estudantes com
deficiência no ensino regular, assim como, o surgindo de tecnologias de informação e comunicação que
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respondem as necessidades educacionais de estudantes com ou sem deficiência. O surgimento destas tecnologias
exige que os professores tenham formações que os capacitem a desenvolver intervenções pedagógicas que
medeiam o processo de ensino-aprendizagem com seus estudantes. No caso do estudante com deficiência visual,
materiais em alto-relevo, livros em áudio, sistemas sonoros ou leitores de tela vêm sendo bastante utilizados por
educadores com o foco de favorecer o desenvolvimento cognitivo, afetivo e social de tais estudantes.
No campo do ensino de ciências, especificamente do ensino de química, vai surgindo com frequência teses,
dissertações e publicações em periódicos que discutem as conquistas e os desafios do processo de inclusão dos
estudantes com deficiência visual. Essas novas investigações trazem diferentes resultados e reflexões que são
interpretados das mais variadas formas. Segundo Lavorato (2019, p.8):
Na contemporaneidade um dos grandes desafios é promover políticas públicas na qual os projetos,
programas e serviços sigam o conceito de desenho universal, atendendo, da melhor forma possível, o
maior número possível de pessoas, não excluindo as necessidades específicas de certos grupos sociais,
e garantindo assim, a acessibilidade.
Assim, o presente artigo tem como objetivo principal discutir produções científicas do Programa de s-
Graduação em Ensino de Ciências e Educação Matemática da Universidade Estadual da Paraíba - UEPB, Brasil, que
abordam a inclusão de estudantes com deficiência visual nas aulas de química. Discutimos no presente estudo
investigações produzidas pelos participantes do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Especial na
Perspectiva Inclusiva (GEPEEPI) que concluíram a pós-graduação strict Sensu no referido programa.
Método
Partindo da hipótese que o processo de ensino-aprendizagem da disciplina de química, na educação básica para
os estudantes com deficiência visual, requer a utilização de materiais adaptados, compreendemos a importância
de uma formação profissional, inicial e contínua, que discuta a elaboração de tais materiais. Assim, esses
estudantes necessitam de profissionais qualificados que supram suas necessidades educacionais especiais. Dessa
forma, o presente artigo foi elaborado a partir de uma pesquisa bibliográfica.
A pesquisa bibliográfica é o levantamento ou revisão de obras publicadas sobre a teoria que irá direcionar o
trabalho científico o que necessita uma dedicação, estudo e análise pelo pesquisador que irá executar o trabalho
científico e tem como objetivo reunir e analisar textos publicados, para apoiar o trabalho científico. (Sousa,
Oliveira, Alves, 2021, p.65)
Para tal elaboração foi feita uma pesquisa de 5 (cinco) dissertações do Programa de Pós-Graduação em Ensino de
Ciências e Educação Matemática (PPGECEM), da Universidade Estadual da Paraíba - UEPB, Brasil. Como critério
de inclusão, buscamos pesquisas que abordaram o processo de ensino-aprendizagem da disciplina de química
para estudantes com deficiência visual. Outro ponto de inclusão foi a participação dos pesquisadores no Grupo
de Estudo e Pesquisa em Educação Especial na Perspectiva Inclusiva GEPEEPI. Na busca, utilizamos palavras-
chave como: inclusão, ensino de química, alunos com deficiência visual, formação do professor e materiais
adaptados.
Essas 5 (cinco) dissertações analisadas foram divididas em dois quadros, quadro 1 e quadro 2. O quadro 1 contém
informações de três dissertações do mestrado profissional e o quadro 2 contém as informações de duas
dissertações do mestrado acadêmico. Essas dissertações foram concluídas entre o período de 2017 a 2020.
Salientamos que as dissertações do mestrado profissional produziram um produto final.
Para tal elaboração foi feita uma pesquisa de 5 dissertações do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências
e Educação Matemática (PPGECEM), da Universidade Estadual da Paraíba - UEPB, Brasil. Como critério de inclusão,
buscamos pesquisas que abordaram o processo de ensino-aprendizagem da disciplina de química para estudantes
com deficiência visual. Outro ponto de inclusão foi a participação dos pesquisadores no Grupo de Estudo e
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Pesquisa em Educação Especial na Perspectiva Inclusiva GEPEEPI. Na busca, utilizamos palavras-chave como:
inclusão, ensino de química, alunos com deficiência visual, formação do professor e materiais adaptados.
A presente pesquisa optou por uma análise de dados de cunho exploratória e qualitativa que acreditamos ser a
mais apropriada para alcançar o foco deste estudo.
Apresentação e discussão dos resultados
Neste momento serão apresentados e discutimos os resultados obtidos a partir de nossa análise bibliográfica das
dissertações selecionadas. Para melhor organizar os dados coletados, dividimos as informações em dois quadros.
O primeiro refere-se às dissertações do mestrado profissional e o segundo aos textos do mestrado acadêmico.
Para melhor compreensão dos quadros apresentados, coletamos as principais informações: título, autor, data,
tipo de pesquisa, cenário e participantes, objetivo principal, resultados e produto final. Esse último ponto
selecionado refere-se apenas as investigações do mestrado profissional.
Quadro 1: Dissertações mestrado profissional
Dissertação 1
Dissertação2
Dissertação3
Título
Proposta de ensino de química
orgânica para alunos com
deficiência visual: desenhando
prática pedagógica inclusiva.
Educação inclusiva com
cegos: prática de leitura de
Ledores em atividades na
disciplina de química.
Ensino de química com
aluno cego: desafios
do professor,
Dificuldades na
aprendizagem.
Autor
Bruna Tayane da Silva Lima
Simone Nóbrega Catão
Kátia Fabiana Pereira
de Ataíde
Data
2017
2019
2019
Tipo de
pesquisa e
instrumento
metodológico
Pesquisa qualitativa. Utilizou a
entrevista e a observação
participante.
Pesquisa qualitativa. Utilizou
a observação in loco.
Pesquisa qualitativa.
Utilizou a entrevista e
a observação in loco.
Cenário e
participantes
A pesquisa foi desenvolvida no
Instituto de Educação e Assistência
aos Cegos do Nordeste em Campina
Grande, Paraíba Brasil.
Participaram 3 alunos cegos
matriculados no ensino médio com
idades de 18, 19 e 21 anos.
O cenário da presente
pesquisa foi o Instituto
Federal da Paraíba - IFPB,
campus de Campina Grande,
Paraíba, Brasil. A pesquisa
contou com a participação de
1 aluna cega e 2 (duas)
ledoras.
A pesquisa foi
realizada no Instituto
Federal de Educação
Ciências e Tecnologia
da Paraíba IFPB,
campus Campina
Grande, Paraíba,
Brasil. A amostra da
pesquisa é composta
por dois participantes
uma aluna cega e um
professor de química.
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Objetivo
principal
Identificar e compreender o
processo de ensino-aprendizagem
de química orgânica com alunos
cegos, a partir da aplicação de uma
sequência didática e recursos
metodológicos adaptados.
Analisar a prática de leitura
de ledoras em atividades na
disciplina de química
relacionada ao conteúdo
funções inorgânicas para
uma aluna cega.
Aprofundar sobre as
dificuldades que o
professor de química
encontra no processo
de ensino-
aprendizagem com
alunos cegos inseridos
na sala de aula regular.
Resultados
A inclusão deve partir do princípio
que a modificação não deve estar
apenas na teoria, mas também na
sala de aula, entre coordenação,
equipe de apoio, professores,
comunidade e alunos. A escola deve
reconhecer que todos são
diferentes.
Compreensão da prática de
leitura efetuada por estas
práticas em atividades na
disciplina de química.
Conhecimento da opinião da
pessoa cega. Sobre a
mediação da leitura efetuada
pelo ledor em atividades na
disciplina de química.
A inclusão de alunos
com deficiência nas
salas de aula da rede
regular de ensino exige
do professor um
conhecimento além do
que possuem,
precisam discernir e
acolher a todas as
necessidades especiais
e dificuldades de seus
alunos. O professor é
aquele que produz
acontecimentos para
que o aluno possa
aprender melhor,
sendo essa função
primordial para que a
verdadeira inclusão
aconteça.
Conclusão
A criação de escolas inclusivas
apresenta-se como caminhos para
abranger a diversidade e construir
uma escola que ofereça uma
proposta ao grupo que venha a
atender às necessidades de cada
um, respeitando as limitações e
potencialidades de cada aluno seja
ele deficiente ou não.
Mediar uma leitura na área
de exatas, especificamente
na química é uma tarefa que
exige do ledor uma formação
continuada que remet<<<<e
uma reflexão diária de sua
prática. Além disso, um ledor
formado na área da disciplina
em questão terá maior
facilidade na mediação da
leitura, esse conhecimento
permitirá o uso de
estratégias que facilite a
compreensão do assunto
daquele que não enxerga.
O professor ou a sala
de AEE deve criar
materiais adaptados e
fazer com que o aluno,
manuseios, sintam,
toquem e sintam
cheiro e texturas
possíveis, também é
importante
disponibilizar os
recursos tecnológicos
a esses alunos,
disponibilizar sua aula
em braile ou
digitalizadas, assim
podemos fazer com
que esse aluno seja
verdadeiramente
incluído no ambiente
escolar.
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Produto final
Material de plástico tridimensional
para montagem de moléculas
orgânicas simples que atende as
necessidades do ensino de química
orgânica e uma sequência didática
Guia didático pedagógico
contendo algumas
orientações básicas de
leituras para alunos cegos em
atividades na disciplina de
química.
Guia didático
intitulado “Vendo a
química desenhada
pelo tato”
FONTE: Organizado pelos autores.
Quadro 2: Dissertações mestrado acadêmico
Dissertação5
Título
Professores de química no processo ensino-
aprendizagem de
Estudantes com deficiência visual: formação e
prática.
Autor
Alceni de Brito Gomes
Data
2019
Metodologia
Pesquisa desenvolvida a partir da coleta de
dados, realizada por meio de entrevista, e da
análise qualitativa.
Cenário e participantes
Pesquisa realizada no Instituto Federal da
Paraíba (IFPB). Participaram desta pesquisa
sete professores de química do ensino médio,
técnico e superior, sendo todos pós-graduados
e com formados em licenciatura plena em
química.
Objetivo principal
Analisar os depoimentos referentes a prática
pedagógica dos professores de química do
instituto federal da paraíba (ifpb), campus de
campina grande-pb, têm sobre o processo de
inclusão de alunos com deficiência visual nas
aulas de química.
Resultados
Somente a inserção de uma disciplina ou outra
nas grades curriculares das licenciaturas não é
o bastante para se consolidar uma formação
docente na perspectiva da educação especial e
inclusiva. A elaboração e produção de materiais
pedagógicos para auxiliar o processo de ensino
de química para alunos com deficiência visual é
um ponto muito importante quando o tema em
enfoque é o ensino de química sob perspectiva
inclusiva.
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Conclusão
Os professores participantes reconhecem a
falta de formação docente sensível às
necessidades dos alunos com deficiência visual
no contexto da disciplina de química. Os
professores entrevistados não tiveram, ao
longo de sua formação inicial, contato com
disciplinas que abordassem os pressupostos da
educação especial na perspectiva inclusiva, o
que dificultou, em partes, seu trabalho para
com relação aos alunos com deficiência visual.
FONTE: organizado pelos autores.
Ao analisar as citadas produções do Mestrado em Ensino de Ciências e Educação Matemática, da Universidade
Estadual da Paraíba UEPB, Brasil, observamos informações importantes sobre o processo de inclusão de
estudantes com DV nas aulas de química. Nas cinco dissertações analisadas, percebemos que todas mostram
caminhos que podem favorecer o processo de ensino-aprendizagem da disciplina de química quando ministrada
aos estudantes com DV.
Ao fazer um comparativo entre a dissertação da autora Lima (2017) com o texto dissertativo de Ataíde (2019),
percebemos uma grande paridade no momento que ambas enfatizam a importância de os professores de química
produzirem materiais didáticos adaptados com o foco de medir o ensino de química para estudantes com DV.
A pesquisa qualitativa foi unanimidade nas cinco dissertações analisadas. Assim, podemos perceber que os
pressupostos deste tipo de investigação são coerentes com estudos realizados no ensino de química para
estudantes com deficiência visual. Para Denzin e Lincoln (2006, p.17) “a pesquisa qualitativa envolve uma
abordagem interpretativa do mundo, o que significa que seus pesquisadores estudam as coisas em seus cenários
naturais, tentando entender os fenômenos em termos dos significados que as pessoas a eles conferem”.
Compreendemos que estudar o processo de ensino-aprendizagem da disciplina de química no ambiente
educacional, o qual está se desenvolvendo, é estudar o cenário natural onde ocorrem as aulas desta disciplina
que, por sua vez, é uma área que explica fenômenos do mundo em que interagimos.
A investigação da autora Bruna Tayane da Silva Lima, intitulada “Proposta de ensino de química orgânica para
alunos com deficiência visual: desenhando prática pedagógica inclusiva”, de 2017, foi desenvolvida no Instituto
de Educação e Assistência aos Cegos do Nordeste, em Campina Grande, Paraíba Brasil. Essa instituição é
referência no atendimento às pessoas com Deficiência Visual, desde criança até a vida adulta, dando suporte
pedagógico no processo de ensino-aprendizagem, no aprimoramento da escrita Braille, assim como das
Tecnologias de Informação e Comunicação TICs. Assim, podemos afirmar que o mencionado instituto é um
importante parceiro para a escola regular facilitando o processo de inclusão dos estudantes com deficiência visual.
Estabelecer parcerias com Instituições de Ensino Superior IES, instituições especiais e com associações é uma
ão importante para o desenvolvimento da educação inclusiva. Como diz Mittler (2003, p.237) “nenhuma escola
é uma ilha e nenhuma escola pode ter sucesso sem desenvolver redes de parcerias com sua comunidade local,
com pais de alunos passados, presentes e futuros, com outras escolas e outras agencias”.
As instituições de educação especial e as instituições de ensino superior devem ofertar formação continua, com
o foco na educação especial na perspectiva inclusiva, para educadores das diversas áreas de ensino. No tocante
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ao processo de ensino-aprendizagem das pessoas com deficiência visual, observamos nas investigações citadas
que essas pessoas enfrentam as mais diversas barreiras que dificultam o seu processo de inclusão escolar. Assim,
as escolas precisam de educadores qualificados, principalmente em disciplinas de conteúdos complexos, a
exemplo da química que tem os laboratórios como cenário de aprendizagem. De acordo com a Lei Brasileira de
Inclusão LBI, de 2015, compreende-se como barreiras:
Qualquer entrave, obstáculo, atitude ou comportamento que limite ou impeça a participação social da
pessoa, bem como o gozo, a fruição e o exercício de seus direitos à acessibilidade, à liberdade de
movimento e de expressão, à comunicação, ao acesso à informação, à compreensão, à circulação com
segurança, entre outros (Ministério de Educação e Cultura, 2015).
As dissertações 1 e 2 tiveram seus objetivos traçados distintamente onde a dissertação 1 teve como foco principal
identificar e compreender o processo de ensino-aprendizagem de química orgânica com alunos cegos. Para isso
foi aplicado uma sequência didática, assim como a exploração de matérias adaptados para estudantes com
deficiência visual.
A autora da dissertação 1 desenvolveu um material de plástico para a montagem de moléculas orgânicas o qual
conta com um livreto com informações sobre como montar as cadeias orgânicas. Esse livreto é escrito tanto em
Braille quanto em tinta para que seja possível a leitura de todos os estudantes, uma vez que a pesquisa é
desenvolvida em uma turma com estudantes videntes e não videntes. Esse material teve variadas funções dentro
do ensino de química orgânica e se mostrou favorável para o aprendizado dos estudantes em diversos aspectos,
podemos citar a promoção da autonomia do estudante que passam a montar as cadeias carbônicas sem a
necessidade do auxílio de um professor ou acompanhante, conseguem entender o modelo tridimensional,
diferenciar os tipos de ligações e os diferentes átomos que são representados por esferas utilizadas na produção
de bijuterias. Por meio do tato, podemos perceber que essas esferas têm tamanhos e texturas diferentes. A partir
do uso desse material adaptado, os estudantes conseguem associar melhor as aulas teorias e práticas que
abordam as cadeias carbônicas. Segundo Onofre, Costa e Azevedo (2018, p. 66) “a prática pedagógica do professor
com um aluno cego deve explorar as habilidades de tais alunos, as quais são desenvolvidas através da audição,
do tato e do olfato”.
A dissertação 2 teve como objetivo analisar a prática de ledoras que segundo Silva (2020) é um dos métodos
utilizados na educação especial na área que trabalha com pessoas com deficiência visual. A princípio, o ledor
refere-se ao profissional responsável pela leitura de textos, imagens escritas na lousa, avaliações escolares,
descrição de espaço físico, entre outras. Assim, Catão (2019) desenvolveu um guia didático que obteve seus
resultados a partir de uma entrevista com uma aluna cega, estudante de 24 anos que cursava o 1⁰ ano no curso
técnico de mineração integrado ao ensino médio do IFPB e com as ledoras que acompanhavam a referida aluna
na disciplina de química. Essa entrevista tinha por finalidade esclarecer fatores que podem interferir, não só, no
processo de ensino-aprendizagem de uma pessoa com DV, mas também na inclusão escolar destas. Catão (2019)
considerou a ausência de uma formação contínua com o foco nas atividades atribuídas aos ledores como uma das
barreiras para o processo de inclusão de estudantes com DV. Além das entrevistas mencionadas, Catão (2019)
utilizou observações in loco distribuídas em cinco encontros, sendo três na sala de aula da estudante participante
da investigação e dois no laboratório de química.
Lima (2017) ressaltou a importância de materiais adaptados nas escolas regulares, os quais proporcionam ao
estudante cego uma melhor compreensão de conceitos e formação de significados próprios da disciplina química.
Catão (2019) enfatizou a prática não eficaz de ledoras como mais uma das diversas barreiras existentes nas
instituições de ensino regular vivenciadas nas aulas de química pelos estudantes com DV.
Compreendemos que as dissertações 1 e 2 conseguiram desenvolver materiais pedagógicos que vão mediar o
processo de ensino-aprendizagem, no campo do ensino de química, de estudantes com DV. O trabalho de Catão
(2019) vai tornar o trabalho das ledoras mais eficazes e fazer com que as mesmas consigam melhorar suas
intervenções em sala de aula.
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Para compreender as dificuldades encontradas no ensino de química para estudantes com deficiência visual,
Ataíde (2019) também desenvolveu uma investigação com uma aluna cega, matriculada no IFPB, campus de
Campina Grande - PB, Brasil. Essa pesquisa utilizou uma entrevista semiestruturada e observação in loco, com
uma estudante cega e um professor de química. Ataíde (2019) a partir de suas investigações, considerou o
professor como um dos principais responsáveis de promover a inclusão dos mencionados estudantes na sala de
aula. Sendo assim, as investigações de Ataíde (2019) consideraram que o professor da sala regular ou da sala de
Atendimento Educacional Especializado - AEE devem elaborar materiais adaptados para estudantes cegos,
explorando o manuseio destes materiais por meio do tato. Com o foco de investigar dificuldades que estudantes
com DV vivenciam no processo de ensino-aprendizagem na disciplina de química, Ataíde (2019) enfatizou também
a importância do sistema de leitura e escrita Braille e materiais em alto-relevo nas aulas de química. Esse trabalho,
bem como as duas investigações anteriores, abordou a importância da disponibilidade de materiais e atividades
adaptadas nos espaços de aprendizagem da escola regular. Um ponto que diferenciou a pesquisa de Ataíde (2019)
das outras duas dissertações referendadas, foi a importância do domínio do Braille por parte do estudante com
DV e de um funcionário da instituição de ensino regular. Para Onofre, Costa e Azevedo
matérias pedagógicos, a exemplo de livros, didáticos na escrita cursiva, jornais e revistas, podem ser
transcritos em Braille e em áudio. Cadernos de cartografias, tabelas, quadros e gráficos podem ser
impressos em alto-relevo ficando, assim acessíveis para o aluno com deficiência visual (2018, p. 66)
Referente ao produto final de Ataíde (2019), essa pesquisadora desenvolveu um Guia didático, intitulado “Vendo
a química desenhada pelo tato”, elaborado com o foco de auxiliar professores de Química, alunos com ou sem
deficiência visual e a comunidade escolar a mediarem o processo de ensino-aprendizagem de conteúdos da
disciplina de química, ministrados para estudantes cegos. Compreendemos com um guia ou manual pedagógico
podem despertar a curiosidade, bem como ajudar a florescer a criatividade dos educadores. Para Freire (1997,
p.81) “por isso, ensinar é um ato criador, um ato crítico e não mecânico. A curiosidade do (a) professor (a) e dos
alunos, em ação, encontra-se na base do ensinar-aprender”.
As demais investigações analisadas são duas dissertações do mestrado acadêmico do referido programa de pós-
graduação da UEPB, de autores que são membros do GEPEEPI, desenvolvidas entre 2019 e 2020. A dissertação 4
de Azevedo (2020) intitulada “Inclusão de alunos com deficiência visual nas aulas de química: estudo de caso
acerca da concepção docente”, teve como foco de investigar as concepções de um docente de química, da rede
estadual de ensino do estado da Paraíba, nordeste brasileiro, a respeito da inclusão do estudante com DV. Esse
docente pesquisado afirmou que não teve nenhuma formação inicial ou continua que abordasse o ensino de
química para estudantes com DV. O referido participante também sublinhou que não é fácil para um professor
que tem uma carga horária de trabalho elevada e apenas os finais de semanas para fazer um possível curso de
qualificação. Esse entrevistado ressalva ainda que existe uma vida fora à docência, uma vida social que precisa
ser compartilhada com o mundo e os outros. Essas afirmações nos fazem refletir os desafios apresentados por
um professor que não teve nenhuma qualificação para trabalhar com o universo desafiador da inclusão dos
estudantes com DV e outras deficiências.
Assim, Azevedo (2020) apresentou e discutiu resultados que apontam a necessidade do profissional de apoio
escolar para atendimento educacional especializado, também afirmou que cálculos matemáticos apresentados
na disciplina de química são uns dos fatores que dificultam o estudante com DV assimilar conteúdos referentes à
disciplina de química. Sendo assim, Azevedo (2020) conclui que a utilização de materiais adaptados, materiais
didáticos apropriados e profissionais qualificados facilitam os conhecimentos abordados na disciplina de química
em salas de aulas que estão incluídas estudantes com DV.
A dissertação 5, intitulada Professores de química no processo ensino-aprendizagem de estudantes com
deficiência visual: formação e prática, Gomes (2019) fez uma entrevista semiestruturada com professores de
química que atuam no ensino médio e técnico do IFPB. Esses professores ressaltaram a importância de uma
formação inicial, para os futuros professores de química, que deveria oferecer disciplinas, as quais abordassem
caminhos para o desenvolvimento de práticas pedagógicas que favorecem o desenvolvimento cognitivo dos
estudantes cegos nas aulas de química.
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Os professores participantes da dissertação relatam que as instituições de ensino regular que têm uma boa
estrutura para receber os estudantes cegos trazem benefícios para o processo de ensino-aprendizagem, mas para
isso ocorrer deve existir uma formação para todos os educadores que atuam no ambiente educacional.
Considerações finais
Tendo em vista os aspectos observados nas investigações apresentadas, identificamos importantes fatores que
interferem diretamente no processo de ensino-aprendizagem dos conteúdos programados na disciplina de
química quando ministrados para estudantes com deficiência visual. Materiais adaptados surgem como um dos
principais mediadores deste processo. Quando executada com clareza, a prática pedagógica desenvolvida pelos
ledores pode responder as necessidades educacionais especiais dos estudantes com deficiência visual,
principalmente aqueles que não têm domínio do processo de leitura e escrita Braille. Outro aspecto importante
é a estrutura arquitetônica e física da instituição de ensino como uns dos pontos fundamentais para o
desenvolvimento e inclusão do estudante com DV na disciplina de química.
Em vista dos argumentos apresentados, concluímos também que uma formação inicial e continuada, oferecidas
aos professores de química, que discutam as habilidades dos estudantes com DV são fundamentais para a inclusão
dos estudantes com DV nas atividades desenvolvidas na disciplina de química.
Portanto, as investigações apresentadas conseguiram trazer importantes apontamentos que demonstraram
aspectos que precisam ser melhorados, como por exemplo, os problemas oriundos por uma leitura não eficiente
realizada pelos ledores, assim como, a não construção ou o mau uso de materiais adaptados de acordo com as
necessidades educacionais especiais dos estudantes com DV.
Respeitar a diversidade existente em um ambiente educacional vai favorecer o esperado êxito de uma educação
inclusiva. Portanto, a formação inicial dos cursos de licenciatura em química precisa ter em seu Projeto Político
Pedagógico disciplinas que discutam práticas pedagógicas inclusivas. Por meio de uma formação, inicial e
continuada, podemos tornar o ensino de química para estudantes com deficiência visual cada vez mais prático e
acessível.
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Fecha de recepción: 31/5/2022
Fecha de aceptación: 12/10/2022