Acesso e Permanência de Mulheres Indígenas no Ensino Superior Público Paranaense: o caso da Universidade Estadual do Paraná
Resumo
Este texto analisa o acesso e permanência de mulheres indígenas na Universidade Estadual do Paraná - Unespar, no contexto das políticas para o ensino superior brasileiro a partir da década de 1990. Também aborda as ações afirmativas para os indígenas no Estado do Paraná, desde a promulgação da Lei Estadual n° 13.134/2001, que destinou vagas suplementares para indígenas em todas as universidades públicas, incluindo a Unespar, universidade pública criada pela Lei Estadual nº 13.283/2001. A Unespar faz parte do processo de seleção para ingresso de indígenas no ensino superior público paranaenses através do Vestibular dos Povos Indígenas do Paraná. Este texto faz parte de pesquisas que estão sendo realizadas no Paraná por pesquisadores ligados à Comissão Universidade para os Indígenas (CUIA). A pesquisa realizada foi documental e de campo, envolvendo as estudantes indígenas da instituição. Utilizou-se a análise da documentação disponibilizada pelas secretarias acadêmicas, juntamente com o levantamento e análise de documentos e produção sobre a temática, bem como relato de estudantes mulheres matriculadas nos cursos de graduação da Unespar. Conclui-se que, após mais de 20 anos da implementação da lei, ainda há baixos índices de conclusão de cursos e alta taxa de desistência nas universidades estaduais e, embora os desafios para as mulheres sejam muitos, elas representam o maior percentual entre os ingressantes e os formados nas universidades paranaenses. A Unespar ao longo desses anos conseguiu formar apenas um indígena e ainda nenhuma mulher, o que evidencia a necessidade de melhorar suas políticas de acesso e permanência para esse público.
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